No nosso último encontro da #VivênciaNovosAutores, coordenada pelo Leandro Bertoldo, da @arv.das.letras o tema proposto por ele foi bem animalesco. Conversamos sobre os bichos, argumentando sobre o que achávamos dos tais bichos.
Mas a surpresa maior foi que teríamos que estar no lugar do bicho escolhido, contado a história na primeira pessoa, digo, bicho... não, melhor pessoa mesmo.
E vejam só o que aconteceu comigo...
Um certo dia
Logo quando acordei
Tomei um susto
Coisas enormes
Eu via pra todo lado
Seria um sonho?
Mas o que é isso
Que patinhas são essas
Cadê minhas mãos?
Mais essa agora
Não consigo levantar
Estou arrastando
Ai, meu Deus do céu
E essas anteninhas...
Que será isso?..
Não acredito...
Eu tinha desejado
E aconteceu
Olha que legal
Virei uma barata
Mas que barato
Vou poder agora
Ser como Emengarda
E o Sebastião
Vou visitá-los
Terão uma surpresa
Ou um grande susto
Mas e agora?...
Vai ser uma aventura
Bem perigosa
Correrei riscos
Pela estrada afora
Vou com cuidado
Então lá vou eu...
Calma, não posso ir assim
Estou sem roupa
Calma, de novo
Baratas não se vestem
Imagina só
Que constrangedor
Mas já que eu desejei
Vou assim mesmo
E decidido
Comecei a caminhar
Fui eu, tranquilo
E de repente
Eu escutei um grito
Ai, uma barata!
Tomei um susto
Procurando a barata
Onde ela está?
Uma maluquice
Tomou conta de tudo
E que confusão
Sou eu a barata
Na verdade um barato
Desbaratinado
Foi quando eu vi
Um gigante chinelo
Se aproximando
Corri para o lado
Chinelo voou pro outro
Mas foi por pouco
Respirei fundo
O alívio durou pouco
Uma vassoura
Se aproximando
Vem varrendo a danada
Mas que sufoco
E agora, hein?
Caramba, eu tenho asas
Me lembrei disso
Comecei a voar
E barata voando
Espanta todos
Mas o que é isso
Eu não posso acreditar...
Não, Detefon não
Sofri um desmaio
E quando eu acordei
Estava no chão
Foi tudo um sonho
Sonho não, pesadelo
Mas dos "melhores"
Me despeço aqui
Emengarda me aguarda
Com seu Sebastião
Vou estar com eles
Numa nova história
Que vem por aí.
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